quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Deborah Secco: "A nudez serve para contar história, não é gratuita"



Em fevereiro de 2011 o público poderá conferir o resultado do laboratório pesado de Deborah Secco para compor sua nova personagem nas telas, Bruna Surfistinha, ex-prostituta que ganhou fama ao publicar detalhes de sua profissão em um blog. Posteriormente, seus depoimentos viraram livro (que vendeu mais de 30 mil exemplares) e que agora está sendo adaptado nos cinemas em "O Doce Veneno do Escorpião".
Para a revista "VIP" de outubro, Deborah revelou passagens de sua pesquisa para viver Surfistinha com fidelidade. Isso incluiu frequentar bordéis, conviver com ex-drogados e até ingressar em uma trajetória de descoberta de sua própria sensualidade. "Não me acho uma mulher sensual. Sou desajeitada, dessas que caem e batem a cabeça. Tive que procurar um corpo diferente do meu, um andar diferente... A Bruna também não tem uma sensualidade natural, ela foi construindo isso por meio dos homens", revelou Secco.
Para se aprofundar no mundo de Raquel Pacheco (nome real de Bruna Surfistinha), a atriz precisou frequentar lugares, até então, desconhecidos. Almoçou e jantou com garotas de programa, conversou muito e descobriu que, apesar de aparentarem felicidade e força, todas caíram naquela vida por necessidade, além de partilharem o desejo de largar a profissão o mais cedo possível.
"Eu as via jantando, saindo, se arrumando, saindo de programas. Acompanhava todo o movimento da madrugada ou mesmo do dia inteiro, porque era de dia que o movimento crescia, já que era a hora em que os homens casados podiam sair de casa", disse.
Raquel é uma exceção. Diferente da maioria das garotas de programa que entram no ramo por falta de opção, ela ingressou neste mundo para chocar. "Mas, no filme a gente não julga. Não faz apologia e nem condena. A gente só conta uma história. Uma história triste, claro, mas que - no caso de Raquel - teve um final feliz", contou Deborah
Na opinião da intérprete, a pesquisa se dificultou mesmo durante as gravações em que a personagem Bruna Surfistinha se envolve com drogas. Para aquele momento específico, a atriz teve que se aprofundar no assunto, e chegou a conviver com ex-drogados para conhecer os sentidos e os sintomas de um viciado.
"Eu não sabia coisas básicas, como cheirar cocaína. Nunca usei drogas, nunca bebi. Pesquisei e conversei com ex-usuários para saber o poder da cocaína", recordou.
Ao contrário do que muitos podem ter imaginado, as cenas de nudez não chegaram nem perto do grau de dificuldade das sequências que envolveram entorpecentes. Os marmanjos, contudo, que não se animem. "O Doce Veneno do Escorpião" trará, sim, Deborah nua; mas ela garante que é uma nudez "não-gratuita".
"As cenas servem mesmo para contar uma história. Nenhum sexo gratuito. Fizemos mais para contar o momento em que ela descobre seu poder como mulher sensual." A atriz conclui ainda que, diferente das gravações em que finge estar drogada, nas cenas de sexo ela já possuia uma certa experiência. "Não como prostituta, claro,[risos], mas tenho experiência da coisa prática, digamos assim", afirmou.

Fonte : http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=25758155&page=0

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